A Coudelaria de Pedro Passanha começou com três éguas do ferro do Dr. Guilherme Borba. Atualmente conta com um efetivo de 30 éguas da linha Veiga e Andrade.
Há pelo menos dois aspectos em que este criador difere da maioria dos coudeleiros.
Antes de mais o que procura para os seus cavalos não é tanto uma fisionomia atraente, que garanta um sucesso fácil, mas uma excelente funcionalidade.
O seu objectivo é criar bons cavalos, isto é com bom temperamento e excelentes em todos os andamentos, capazes de fazer o que quer que seja dependendo da orientação que se lhes der. É preciso muito mais tempo e perseverança para provar a funcionalidade de um cavalo, do que exibir a sua aparência física, mas no fim o cavalo perfeitamente equilibrado acaba por resultar num animal de grande beleza. Temos como exemplo o nosso cavalo ZAIRE, que é a realização de um sonho.
Foram precisos 30 anos para Pedro Passanha conseguir os cavalos ideais que tem neste momento, o que nos leva ao segundo aspecto em que diverge de outros criadores, o aspecto económico. É muito difícil resistir a ofertas tentadoras para vender os melhores cavalos e éguas, mas é a única forma de consegui resultados duradouros. Nada é garantido na criação de cavalos. Mesmo os cavalos e éguas excelentes não garantem a excelência dos seus produtos. Mas se vendermos o melhor e criarmos com o menos bom que resultados podemos esperar?
Neste negócio o sucesso não é sinónimo de enriquecimento, é sinónimo de sacrifício, dedicação e acima de tudo paixão. |